quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Pé na estrada...

Há certas rotinas que se não forem quebradas, desequilibram a balança que sustenta a razão e a insanidade.
Algumas frustrações podem até ser amenizadas quando se busca um refúgio terreno...
Isso é o que me resta atualmente.
Peguei uma carona com a velocidade e ela me levou para o mais alto dos montes, onde eu pude romper barreiras, medos...
Lá de cima ouvi o som do Vento que cantava ao meu coração, fechei os olhos e só me permitir sentir, esvaziar-me de todos os pensamentos cotidianos e deixar minha alma inundar-se naquele momento.
Vi tudo minúsculo e era assim que queria enxergar algumas situações que dilaceram meu ser.
Tudo que vivi ficou registrado em minha memória e só interessava apenas a mim e ao Vento... Meu companheiro ultimamente...  Só espero que a velocidade me leve de encontro ao Vento em breve ou em alguma primavera,
e que eu possa senti-lo lá do alto, esquecer de tudo novamente, sem dar satisfação a ninguém.
A partir de agora, nada de deixar de  viver o presente para me preocupar com objetivos futuros. Não quero mais ser previsível, nem criar expectativas demais, nem me apegar a esperanças que só me paralisaram...
 Quero apenas viver o que me der vontade e intensamente, 
se é certo ou errado, não sei, vou apenas prosseguir.
E a cada limão que a vida me der, farei uma limonada e tomarei quando estiver com o pé na estrada...

Délia Santos
27/08/14