Pé na estrada...
Há certas rotinas que se não forem quebradas,
desequilibram a balança que sustenta a razão e a insanidade.
Algumas frustrações podem até ser amenizadas quando
se busca um refúgio terreno...
Isso é o que me resta atualmente.
Peguei uma carona com a velocidade e ela me levou
para o mais alto dos montes, onde eu pude romper barreiras, medos...
Lá de cima ouvi o som do Vento que cantava ao meu coração,
fechei os olhos e só me permitir sentir, esvaziar-me de todos os pensamentos
cotidianos e deixar minha alma inundar-se naquele momento.
Vi tudo minúsculo e era assim que queria enxergar
algumas situações que dilaceram meu ser.
Tudo que vivi ficou registrado em minha memória e só
interessava apenas a mim e ao Vento... Meu companheiro ultimamente... Só espero que a velocidade me leve de encontro
ao Vento em breve ou em alguma primavera,
e que eu possa senti-lo lá do alto,
esquecer de tudo novamente, sem dar satisfação a ninguém.
A partir de agora, nada de deixar de viver o
presente para me preocupar com objetivos futuros. Não quero mais ser previsível,
nem criar expectativas demais, nem me apegar a esperanças que só me paralisaram...
Quero apenas
viver o que me der vontade e intensamente,
se é certo ou errado, não sei, vou
apenas prosseguir.
E a cada limão que a vida me der, farei uma limonada
e tomarei quando estiver com o pé na estrada...
Délia Santos
27/08/14
e que eu possa senti-lo lá do alto, esquecer de tudo novamente, sem dar satisfação a ninguém.
se é certo ou errado, não sei, vou apenas prosseguir.